Um patrimônio vivo de Minas Gerais
Com o objetivo de preservar uma das expressões mais autênticas da cultura mineira, o Instituto Sociocultural VALEMAIS mobilizou esforços junto ao Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para garantir recursos destinados ao registro do artesanato em barro do Vale do Jequitinhonha como patrimônio cultural do estado.
A proposta foi aprovada e, a partir disso, estabeleceu-se uma parceria entre o VALEMAIS e o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG), com o apoio técnico do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). A iniciativa incluiu uma ampla pesquisa de campo e o registro fotográfico do ofício artesanal, conduzido pelos fotógrafos Guilardo Veloso e Vilmar Oliveira.
O projeto documenta o trabalho manual das artesãs e artesãos do Vale, que dominam todas as etapas da produção: da extração do barro à construção dos fornos, passando pela preparação dos pigmentos e pela modelagem das peças. Mais do que objetos utilitários, essas cerâmicas são representações simbólicas de histórias, crenças e do cotidiano da região — reflexos de uma identidade coletiva marcada pela criatividade, ancestralidade e resistência.
Os saberes e práticas ligados a esse ofício foram reconhecidos oficialmente como Patrimônio Cultural do Estado de Minas Gerais em dezembro de 2018, consolidando o valor cultural e histórico do artesanato em barro do Vale do Jequitinhonha para o Brasil.








